ESTUDANDO A PALAVRA

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O TEONOMISMO - IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS.

Um cristão reconstrucionista é um calvinista. Ele sustenta o Cristianismo histórico, ortodoxo e católico e as grandes confissões Reformadas. Ele crê que Deus, não o homem, é o centro do universo e de tudo o que existe; Deus, não o homem, controla tudo o que acontece; Deus, não o homem, deve ser agradado e obedecido. Ele crê que Deus salva pecadores. Ele não os ajuda a se salvarem. Um cristão reconstrucionista crê que a Fé deveria ser aplicada a tudo da vida, não apenas ao lado “espiritual”. Ela se aplica à arte, educação, tecnologia e política tanto quanto se aplica à igreja, oração, evangelismo e estudo bíblico.
Um cristão reconstrucionista é um teonomista. Teonomia significa “lei de Deus”. Um cristão reconstrucionista crê que a lei de Deus é encontrada na Bíblia. Ela não foi abolida como um padrão de justiça. Ela não mais acusa o cristão, visto que Cristo suportou sua penalidade na cruz por ele. Mas a lei é uma descrição do caráter justo de Deus. Ela não pode mudar, assim como Deus não pode mudar. A lei de Deus é usada para três propósitos principais: Primeiro, para levar o pecador a confiar em Cristo somente, o único que guardou a lei perfeitamente. Segundo, para fornecer um padrão de obediência para o cristão, pelo qual ele possa julgar seu progresso na santificação. E terceiro, para manter a ordem na sociedade, restringindo e punindo o mal civil.
Um reconstrucionista cristão é um pressuposicionalista. Ele não tenta “provar” que Deus existe ou que a Bíblia é verdadeira. Ele sustenta a Fé porque a Bíblia assim o diz, não porque possa “provar” isso. Ele não tenta convencer o não convertido de que o evangelho é verdadeiro. Eles já sabem que o mesmo é verdadeiro quando ouvem. Eles precisam de arrependimento, não de evidência. Sem dúvida, o Reconstrucionismo Cristão crê que há evidência para a Fé; de fato, não há nada senão evidência para a Fé. Dessa forma, o problema para o não convertido não é falta de evidência, mas falta de submissão. O cristão reconstrucionista começa e termina com a Bíblia. Ele não defende a “teologia natural”, e outras invenções designadas para encontrar alguma concordância com a humanidade apóstata violadora do pacto.
Um reconstrucionista cristão é um pós-milenista.
(Com quanto eu discordo aqui - o verdadereiro reconstrucionista é amelinista preterista) Ele crê que Cristo retornará à Terra somente após o Espírito Santo ter capacitado a Igreja a avançar o reino de Cristo no tempo e na história. Ele tem fé que os propósitos de Deus de trazer todas as nações, embora nem todo indivíduo, em sujeição a Cristo não falharão. O cristão reconstrucionista não é utópico. Ele não crê que o reino avançará rapidamente e sem problemas. Ele sabe que entramos no reino por meio de muita tribulação. Sabe que os cristãos estão na luta pela “longa caminhada”. Crê que a igreja pode ainda estar em sua infância. Mas ele crê que a Fé triunfará. Sob o poder do Espírito Deus, ela não pode alcançar nada senão o triunfo.
Um reconstrucionista cristão é um dominionista. Ele toma seriamente os mandamentos da Bíblia aos justos para tomar o domínio na Terra. Esse é o objetivo do evangelho e da Grande Comissão. O cristão reconstrucionista crê que a terra e toda a sua plenitude é do Senhor: que cada área dominada pelo pecado deve ser “reconstruída” em termos da Bíblia. Isso inclui, primeiro, o indivíduo; segundo, a família; terceiro, a igreja; e quarto, a ampla sociedade, incluindo o Estado. Portanto, o cristão reconstrucionista crê fervorosamente na civilização cristã. Crê firmemente na separação da Igreja e Estado, mas não na separação do Estado (ou qualquer outra coisa) de Deus. Ele não é um revolucionário; não crê no sobrepujar forçado e militante do governo humano. Ele tem armas infinitamente mais poderosas que revólveres e bombas, pois tem o Espírito invencível de Deus, a Palavra infalível de Deus, e o Evangelho incomparável de Deus, nenhum dos quais pode falhar.
O reconstrucionista cristão enfatiza os direitos régios do Senhor Jesus Cristo em cada esfera, esperando o triunfo eventual.
Tradução de Felipe Sabino de Araújo Neto (17/03/2009)

5 comentários:

Pb Alexandre Galvão disse...

O Senhor domina e seu reino se estende por todo o cosmos. o seu dominio se evidencia na sua criação, a nossa natureza reclama a existência de um soberano Senhor que por sua vez reclama obediência de suas criaturas. Nossa ontologia denuncia que há um Senhor que prenche a lacuna existência do nosso ser. o verdadeiro cristão é teonomista, nosso prazer só será encontrado quando encontrarmos prazer em Deus e na sua lei. Sl 1.1-2. o salmista define nossa felicidade em termos de não conformação com o mundo rebelde, transgressor e apóstata, e de prazer em Deus e na sua lei. não há como encontar a felicidade a não ser no Senhor e na sua lei.

Pb Alexandre Galvão

Escravos de Cristo disse...

Graça e paz do SENHOR aos irmãos do blog...

Fantástico! É a primeira vez que entro no blog e estou maravilhado. Que o SENHOR JESUS os abençoe e os preserve!

A Deus toda a Glória!

igrejapresbiterianasrn disse...

Olá, escravos de Cristo. é um prazer vê-los por aqui, o espaço é nosso para partilharmos a mensagem da redenção de somente a graça de Cristo é anunciada sob a ótica reformada. Um abraço, volte mais vezes - João Ricardo Ferreira de França.

Anônimo disse...

Que merda. A pessoa nao tem fé nos seus iguais, na força da luta humana para mudança nesse mundo que é comprovadamente humano pra se agarrar a historinhas de um amigo imaginário... lamentável.

Rafael Folk disse...

Caro Anônimo.

Ninguém disse que não devemos lutar por um mundo mais justo, nem que não devemos ter leis justas que punem o culpado.
Não negamos os avanços tecnológicios, nem mesmo sua eficácia e ajuda ao ser humano. Não negamos a ajuda ao pobre e necessitado, nem mesmo o direito aos cidadãos.
Estamos dizendo que, em última instância (do nosso ponto de vista limitado) Deus está cuidando de todas as esferas da sociedade. Não entendi o porque da sua confusão em crer na não-ação dos cristãos na sociedade.

E por último, mais cuidado ao chamar Deus da forma como você chamou.

Um abraço