HISTÓRIA DA IGREJA

A PRÉ-REFORMA.
Por: João Ricardo Ferreira de França.

A Pré-Reforma é o grande período que antecede a Reforma Protestante de 1517. Antes da Reforma sempre surgiram grupos reformistas, ao longo da caminhada da Igreja, quando ela começou a se degradar, diante dos demandos éticos e doutrinários; a dulia – culto a todos os santos, indulgências, torturas e fogueiras inquisitorial, confissão auricular aos sacerdotes, purgatório, mariolatria, transubstânciação, nepotismo[1], simonia[2].

OS GRUPOS PRÉ-REFORMISTAS.

Pretrobrussianos.

Foi um grupo liderado por Pedro de Bruys, ele foram os herdeiros de um movimento anterior chamado de Arnaldistas, grupo que fora liderado por Arnaldo de Bréssia que foi morto na fogueira inquisitorial.

Henriquienses.

Herdaram suas características dos Petrobrussianos e foram liderados por Henrique de Lausane. Este grupo rejeitava o uso de templos, orações pelos mortos, cruz, Batismo Infantil, Eucarístia e o Celibato.

Cataristas ou Albigenses.

O nome deste grupo deriva do grego – Cataro = Puro – eles foram fortemente influenciados pelo gnosticismo e maniqueísmo, por isso eram dualistas, incentivavam a vida celibatária e davam preferência ao evangelho de João.

Valdenses.

Surgiram no século XII com Pedro Valdo, enfatizaram muito a pobreza apostólica e Doou todos os seus bens para os pobres, e assim, vivia uma vida de mendigança e muitos se uniram a ele para se chamarem “os pobres de Lion” na França. Foram muito perseguidos pela Igreja Católica Romana, mais tarde no século XVI, reunidos em Concílios aceitaram a Teologia Calvinista e são ainda hoje a maior denominação evangélica na Itália.

Anabatistas.

Não se sabe ao certo onde eles surgiram[3], são denominados de Reformadores Radicais. Eles diziam que o fim do mundo estava próximo, a vinda de Cristo seria em Esdrasburgo na Alemanha e ali seria a Nova Jerusalém onde Cristo exerceria o Milênio. Eram anti-pedobatistas[4], e aninda hoje são, eles não voltam – rejeitam as eleições civis – não servem às forças armadas, não acreditavam que Jesus herdou sua humanidade em Maria, mas que já veio do céu com ela.

[1] Refere-se a muitos Papas e prelados em geral que favoreciam seus parentes com importantes cargos na Cúria Romana, a Cúria era o conjunto de entidades e autoridades que colaboravam com o Papa.
[2] Significa a compra de um cargo eclesiástico, cujo preço variava de acordo a dignidade e da importância do posto a ser assumido, o nome deriva-se de Simão, o Mago de Atos 8 que desejava comprar o poder do Espírito Santo.
[3] Ler o meu trabalho sobre “Reforma Radical – Uma avaliação Histórica e Doutrinária”.
[4] Contrários a prática bíblica de se batizar bebês.